Conheça o vínculo entre o calor e a saúde do coração.
Em épocas do ano como o verão costumam haver picos de temperatura principalmente em regiões de clima tropical como no Brasil. Esta elevação da temperatura externa causa modificações nos corpos das pessoas.
É comum vermos pessoas portadoras de hipertensão arterial (a “pressão alta”) reclamando de inchaços nas pernas, dores de cabeça, sensação de falta de ar, entre outros sintomas.
A Sociedade Paulista de Cardiologia¹ afirma que, em épocas mais quentes existe um aumento de até 11% na incidência de infartos e derrames. Apesar de não ser comprovado existem algumas evidências em sua sustentação.
Com as altas temperaturas que chegaram a alcançar 40º nestes primeiros meses, perdemos muito líquido, o sangue fica mais viscoso e os vasos dilatados (aumentam de diâmetro). A quantidade de sangue continua igual. Desta forma a pressão com que o sangue passa por entre as veias e artérias é menor, fazendo com que ele chegue em menor quantidade nos órgãos e tecidos.
Pessoas com hipertensão arterial (“pressão alta”), miocardiopatias (“coração fraco ou grande”) e outras cardiopatias em geral são mais sensíveis a estas oscilações de pressão arterial e hidratação.
Além disto, as pessoas com esses problemas fazem uso de medicações que já são vasodilatadoras, que agem potencializando a dilatação existente pela alta das temperaturas externas. Outra medicação comum nestes grupos de pessoas são os diuréticos, que também atuam intensificando a desidratação. Estes dois medicamentos podem levar a quedas de pressão mais intensas nestas épocas do ano.
É fundamental rediscutir ou rever as medicações nestas épocas do ano. Mas nunca deixe de tomar as medicações sem conversar com seu médico antes. No caso de sintomas como moleza e sonolência diurna nestes períodos sugerem a queda pressórica que pode ser avaliada formalmente com a medida. (veja aqui como fazer esta medida). Mas mesmo se comprovada sugerimos fortemente conversar com seu médico antes de modificar o esquema de medicações.
Hidratar-se muito bem é o fundamental. A água além de repor o líquido que o corpo perdeu, ajudará na melhor circulação do sangue. Não existem quantidades objetivas de qual o volume de líquido nós devemos tomar por dia, mas devemos ingerir líquidos sempre que sentirmos sede. Outra indicação da nossa hidratação é a concentração da urina. No caso de urina concentrada (cor amarelo ouro) sugere fortemente desidratação. No caso de urina quase incolor, não sugere desidratação.
Lembre-se que além da ingesta líquida e principalmente nestas épocas do ano, a perda pela sudorese pode ser mais importante que a urinária. Ainda, em algumas pessoas esta perda (pela sudorese) é naturalmente maior.
Em casos de dúvidas, procure seu cardiologista, ou entre em contato conosco.
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